O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa, afirmou na tarde desta sexta-feira (28) que os técnicos do Inep decidiram retirar o site de consulta aos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 depois que o sistema recebeu um número "anormal" de 8 milhões de acessos em um curto período.
O acesso foi interrompido entre as 13h e as 13h30 desta sexta-feira. Depois, foi normalizado e, às 18h, segundo a assessoria de imprensa do MEC, o número de candidatos que já haviam acessado seu boletim de desempenho passou de 1,9 milhão.
Em entrevista à Globo News, Costa disse que, como o número de participantes do Enem foi de 4,1 milhões, o volume de 8 milhões de acessos foi considerado "uma situação completamente anormal" e, por isso, o Inep decidiu "agir entre a segurança e a agilidade".
O G1 apurou que esses acessos foram um ataque hacker do tipo "de força bruta".
Segundo o colunista do G1 Altieres Rohr, esse tipo de ataque é simples e envolve tentativa e erro. "O invasor cria um pequeno software que realiza milhares de acessos com logins e senhas diferentes até conseguir acesso. O CAPTCHA, aquelas letras distorcidas que o internauta deve identificar e digitar, é uma das formas de dificultar esses ataques, porque o software automatizado terá dificuldade para identificar essas letras. Outra medida é o bloqueio automático e temporário do endereço IP depois de algumas tentativas de acesso fracassadas. Essas medidas podem, e até devem, ser usadas em conjunto."
Ainda de acordo com Rohr, "esse tipo de ataque é considerado pouco sofisticado, porque não envolve nenhuma falha de segurança no sistema alvo e, por gerar milhares ou milhões de solicitações, é fácil de ser detectado". O especialista afirma que, "dependendo do sistema, o ataque de força bruta pode acabar se tornando um ataque de negação de serviço, porque vai sobrecarregar o servidor, mas essa pode não ser a intenção do invasor – afinal, não dá para acessar um sistema que está off-line".
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